Na Londrina em expansão da década de 1930, a fé caminhava junto ao desbravamento da mata e à construção da cidade. A consolidação da paróquia do Sagrado Coração de Jesus e a inauguração da primeira igreja de madeira foram marcos importantes para a comunidade católica local. Ainda que modesta, a pequena capela não tardou a se mostrar insuficiente para acompanhar o crescimento demográfico explosivo da região.

Mas a urgência da Igreja Católica ia além das construções físicas. Com a multiplicação das localidades ao redor de Londrina — muitas das quais viriam a se tornar cidades autônomas —, emergia a necessidade estratégica de formar líderes religiosos que pudessem acompanhar o avanço da fé nas novas paróquias. Foi com esse espírito que nasceu, em 1 de abril de 1939, o Seminário Vicente Pallotti, numa cerimônia solene celebrada no Sábado de Aleluia.

Sob a direção do padre Eugênio Herter, tendo ao seu lado os padres Albero Rudolf, Walter Fisher e José Kandziora, o seminário iniciou suas atividades em instalações improvisadas na casa paroquial. A primeira turma era pequena, mas significativa: dez adolescentes entre 10 e 14 anos, oriundos da região e do interior paulista, carregando a esperança de tornar-se os primeiros padres de uma terra em construção.

A nova sede, planejada desde o início, começou a ser erguida em 1940, nos arredores rurais da cidade, no caminho para Nova Dantzig, hoje Cambé. Em 24 de setembro de 1941, os seminaristas mudaram-se para o prédio definitivo, na atual avenida Tiradentes, ao lado da igreja Rainha dos Apóstolos. O novo reitor era o padre Carlos Probst, que anos depois se tornaria professor emérito da Universidade Estadual de Londrina.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

Outras publicações:

A foto oficial da inauguração do Ginásio Londrinense

A primeira eleição de Londrina e o retrato de uma cidade em formação