Em meio à efervescente transformação de Londrina nos anos 1950, o Bosque Central foi palco de grandes mudanças que refletiam a crescente urbanização da cidade. Se antes era uma pequena “amostra” preservada da mata original do Norte do Paraná, símbolo da exuberância da região, a partir de 1953, o local passou por diversas intervenções promovidas pelo Poder Público, sob a administração do prefeito Milton Ribeiro de Menezes.

As mudanças realizadas visavam tornar o espaço mais acessível e adequado ao lazer da população. Foram instalados um viveiro de animais silvestres, um parque infantil, uma quadra polivalente para esportes, além de vestiários e sanitários públicos, marcando uma nova fase na história do Bosque. Essas intervenções fizeram do local um ponto de encontro ainda mais atrativo para as famílias londrinenses, consolidando-o como um espaço de convivência e recreação.

No entanto, a importância do Bosque Central remonta aos primórdios da cidade. Nos anos 1930, quando Londrina ainda era um núcleo urbano incipiente, o Bosque já servia como ponto de encontro para a comunidade. Foi ali que ocorreu a primeira missa campal, um evento simbólico na trajetória de uma cidade que começava a se formar. Além disso, o Bosque foi cenário de comemorações cívicas, festas religiosas e até manifestações políticas, sendo um verdadeiro espaço de socialização e identidade coletiva.

Fontes: Almeida, Ana Maria Chiarotti; Adum, Sonia Maria Sperandio Lopes. Memoria e Cotidiano do Bosque. Londrina: Eduel, 2007 / Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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