A fundação da Associação Japonesa de Londrina

1933

Quando recebeu os primeiros imigrantes japoneses, para facilitar a adaptação e minimizar os desafios da comunicação, a Companhia de Terras Norte do Paraná agrupou-os em lotes vizinhos, formando núcleos de cooperação. Assim surgiram as primeiras seções de colonização próximas a Londrina: Seção Um (Ikku), Seção Dois (Nikku) e Seção Central (Chuoku), seguidas por outras, como Fraser, Lorena e Cafezal.

Hikoma Udihara, reconhecido como o “pioneiro dos pioneiros” e responsável pela vinda dos imigrantes japoneses para o Norte do Paraná, chamou um grupo de imigrantes nipônicos para uma reunião em sua casa. Foi no dia 11 de abril de 1933 e a conversa teve como ponto central a discussão sobre a necessidade de um espaço comunitário para reuniões e confraternizações. Naquele encontro, nasceu a Associação Japonesa de Londrina (Nihonjin-kai), um marco na organização dos imigrantes e na construção da identidade da comunidade nipônica na cidade.

A construção da sede da associação foi um verdadeiro esforço comunitário. Hikoma Udihara doou o terreno, e rapidamente a colônia se mobilizou para desmatar a área e preparar a madeira. A Companhia de Terras cedeu um caminhão para transportar as toras até uma serraria em Nova Dantzig (atual Cambé), onde a madeira foi beneficiada e trocada pelo serviço de serragem. O escocês Ian Frazer, dono de uma cerâmica em Jataizinho, contribuiu com as telhas que cobriram a construção.

Graças à união e dedicação dos membros da colônia, a sede da Associação Japonesa de Londrina foi erguida em pouco mais de dois meses. No dia 18 de junho de 1933, o prédio foi inaugurado com uma grande festa, coincidindo com as comemorações dos 25 anos da imigração japonesa no Brasil.

Na foto, a Escola Japonesa criada logo depois.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.