Ao longo de sua história, Londrina tem sido marcada por processos de transformação urbana que ressignificam espaços e preservam sua memória. Um dos exemplos mais emblemáticos dessa dinâmica foi a conversão da antiga Estação Rodoviária em Museu de Arte, um marco tanto para a cultura quanto para a arquitetura da cidade.

Projetado dentro da linguagem modernista, o edifício da antiga rodoviária foi inaugurado em 1952, tornando-se um dos principais pontos de chegada e partida dos viajantes que movimentavam Londrina em sua época áurea do café. Sua localização estratégica, ao lado da praça Rocha Pombo, consolidou a região como um ponto de grande circulação e atividade econômica.

No entanto, com o crescimento da cidade e a necessidade de um terminal rodoviário maior, a estrutura foi desativada em 1988, dando início a um intenso debate sobre seu futuro. Havia quem defendesse sua demolição para a construção de um novo prédio, enquanto outros grupos pressionavam pelo tombamento e reaproveitamento da edificação.

O reconhecimento da sua importância histórica veio em 1974, quando o conjunto Rodoviária-Praça Rocha Pombo foi tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná, sendo o primeiro edifício modernista a receber esse status no interior do Brasil. Contudo, a definição de sua nova função levou tempo. Somente no final de 1989 surgiu a ideia de transformá-lo em um museu de arte, com um projeto de restauração elaborado pelos arquitetos Antonio Carlos Zani e Jorge Marão C. Miguel, professores da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

O Museu de Arte de Londrina foi inaugurado em 13 de maio de 1993, com uma exposição inicial de cerca de 70 obras, tendo como destaque a escultura “A Eterna Primavera”, de Auguste Rodin.

Fontes: Magalhães, Leandro. Rua Sergipe - Patrimônio Cultural Londrinense. 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Folha de Londrina / Projeto Conhecer Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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