Em meio à poeira das ruas e ao barulho das máquinas que construíam uma cidade nova, Londrina deu seus primeiros passos na comunicação em 1932, quando a Companhia de Terras Norte do Paraná instalou a primeira linha telefônica local. O serviço era rudimentar, dependente da ação manual das telefonistas que operavam enormes painéis repletos de fios e conexões. Em dias de chuva, as ligações simplesmente não aconteciam, pois as interferências impediam a transmissão do som. Os números telefônicos eram curtos, de apenas um dígito, refletindo o ainda pequeno número de usuários.

A necessidade de melhorar o serviço acompanhou o rápido crescimento de Londrina. Com o passar dos anos, o telefone tornou-se um elemento essencial para os negócios e para a vida social, o que impulsionou a criação da primeira companhia telefônica da cidade. Em 1946, começaram as obras de um prédio próprio para a operadora, um marco que consolidou a importância da comunicação na cidade.

A fotografia anexada, tirada provavelmente nas décadas de 1940 ou 1950, mostra um ambiente que foi o coração das telecomunicações londrinenses por décadas: a central telefônica, onde mulheres operavam as conexões entre os usuários. Eram as "moças do telefone", figuras emblemáticas que garantiam que as vozes percorressem quilômetros de distância através de fios de cobre. Trabalhando com fones de ouvido e trajando uniformes bem alinhados, elas se tornaram símbolo de uma era em que a comunicação exigia mais do que tecnologia – requeria paciência e precisão.

A grande virada ocorreu em 1964, quando foi criada a Sercomtel – Serviço de Comunicações Telefônicas de Londrina. A nova empresa modernizou o serviço, permitindo que os londrinenses fizessem chamadas diretas sem necessidade de intermediação manual. Com o tempo, os cabos foram substituídos por sistemas digitais, e as antigas telefonistas deram lugar às centrais automatizadas.

Fontes: Projeto Conhecer Londrina, disponível em https://sites.google.com/edu.londrina.pr.gov.br/conhecerlondrina / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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