1940
No início dos anos 1940, Londrina começava a se consolidar como um dos polos urbanos mais promissores do Paraná. Mas, apesar do crescimento acelerado, a infraestrutura urbana ainda era precária. O binômio poeira e barro ditava o ritmo da cidade: em dias secos, uma nuvem de poeira invadia casas e lojas; em tempos de chuva, as ruas se transformavam em atoleiros, paralisando o comércio e dificultando a circulação de pessoas e mercadorias.
Foi nesse contexto que a pavimentação das ruas centrais começou a ser vista não apenas como um desejo, mas como uma necessidade urgente. O jornal Paraná-Norte, em sua edição de 25 de fevereiro de 1940, celebrou o início da pavimentação da avenida São Paulo com entusiasmo e não poupou críticas aos opositores da administração municipal: “Calem-se agora os zoilos de aldeia”.
A obra representava um marco para a cidade. A avenida São Paulo, que aparece na fotografia de José Juliani, ligava importantes pontos de Londrina e tinha uma grande circulação de pedestres e veículos. Ao fundo da imagem, vê-se a primeira Estação Ferroviária, essencial para o escoamento da produção agrícola e para a chegada de novos habitantes. A pavimentação não só facilitava a mobilidade, mas também impulsionava a economia e melhorava a qualidade de vida dos londrinenses.
Antes da chegada dos paralelepípedos, a prefeitura usava caminhões irrigadores para tentar conter a poeira, mas a solução era temporária. No caso da lama, os moradores precisavam esperar que o trânsito de carroças e automóveis compactasse o barro até que ficasse transitável.
Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
Compartilhe
* respeitamos nossos inscritos, não enviamos spam.
* respeitamos nossos inscritos, não enviamos spam.
Cookies: nós captamos dados por meio de formulários para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.