No dia 12 de fevereiro de 2012, um incêndio consumiu o Cine Teatro Universitário Ouro Verde, um dos mais importantes símbolos culturais de Londrina. As chamas apagaram, temporariamente, a história de um espaço que, desde sua inauguração em 1952, foi palco de grandes momentos da arte e do entretenimento na cidade.

Originalmente uma luxuosa sala de cinema, o Ouro Verde sobreviveu às mudanças no comportamento do público e às transformações da indústria cinematográfica. Durante décadas, abrigou desde grandes sucessos de bilheteria até sessões de filmes alternativos, tornando-se ponto de encontro para cinéfilos e intelectuais. No entanto, como muitas salas de exibição independentes pelo Brasil, enfrentou o declínio da era de ouro do cinema de rua.

A ascensão da televisão nas décadas de 1980 e 1990, seguida pelo advento das videolocadoras e, posteriormente, do cinema multiplex nos shopping centers, reduziu consideravelmente a frequência do público. Oficialmente, o Ouro Verde deixou de funcionar exclusivamente como cinema em 2002, por decreto do Governo do Paraná, passando a ser utilizado principalmente para apresentações teatrais, espetáculos musicais e performances da Orquestra Sinfônica de Londrina. Sua última exibição cinematográfica antes do incêndio ocorreu em abril de 2010, com a pré-estreia do curta-metragem Haruo Ohara, de Rodrigo Grota.

O incêndio de 2012 representou o ponto mais crítico de sua trajetória, mas também reacendeu o debate sobre a preservação do patrimônio cultural de Londrina. O espaço foi restaurado e reinaugurado em 2017, mantendo sua estrutura histórica e modernizando suas instalações para receber espetáculos e eventos culturais de grande porte, além de sessões cinematográficas.

Fontes: “História das salas de cinema”, blog Cinema de Londrina. / Acervo Folha de Londrina / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

Outras publicações:

A Biblioteca Ramal “Padre Adelino de Carli”

O Foto Cine Club de Londrina