A trajetória da família Fuganti em Londrina é uma história de pioneirismo, crescimento e adaptação às transformações de uma cidade que despontava como potência econômica no interior do Paraná. A abertura da Casas Catharinenses, em 1936, marcou o início de um legado comercial que iria muito além da loja de secos e molhados, ferragens e ferramentas localizada na esquina das atuais avenida Celso Garcia Cid e rua Santa Catarina.

O espírito empreendedor da família Fuganti rapidamente os levou a expandir suas operações e a diversificar seus investimentos. Em 1940, após o rompimento da sociedade com os Fontana, a família consolidou a razão social Irmãos Fuganti Ltda., mantendo Londrina como o centro de suas atividades comerciais. No entanto, continuou utilizando o nome fantasia Casas Catharinenses até 1944, quando mudou para “Lojas Reunidas de Irmãos Fuganti”. Dois anos depois, a empresa foi transformada em sociedade anônima e assumiu o nome fantasia “Casa Fuganti”.

Ainda na década de 1940, em Colorado, a família investiu no setor primário, fundando a Companhia Agrícola e Pecuária Irmãos Fuganti, ampliando o alcance regional de seus negócios. Em Londrina, uma estratégia de modernização levou à inauguração de um requintado salão de chá no primeiro andar de um prédio no atual Calçadão (onde hoje funciona uma agência bancária), que se tornou ponto de encontro da elite londrinense.

O marco definitivo do legado dos Fuganti foi a construção do edifício Júlio Fuganti, inaugurado em 1962. Com 12 andares, ele se destacou como um dos prédios mais altos e modernos da época, simbolizando a urbanização e o crescimento vertical de Londrina. Localizado na esquina da avenida Celso Garcia Cid com a rua Senador Souza Naves, o prédio continua sendo um ponto de referência na cidade e preserva  o nome da família na memória coletiva.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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