Guaraná Sublime: um sabor pioneiro na história de Londrina

1930

Na Londrina dos anos 1930 e 1940, a cidade que emergia como um centro de progresso, a Fábrica de Guaraná Sublime é mais um símbolo do espírito empreendedor de uma época. Localizada na esquina da rua Heimtal (atual avenida Duque de Caxias) com a avenida Paraná (atual avenida Celso Garcia Cid), a fábrica pertenceu à família do comerciante Eduardo Hosken Filho e operava em um prédio construído pelo alemão Frederico Schulteiss.

Embora as informações sobre a história da fábrica sejam escassas, sabe-se que ela já era uma realidade antes de 1941, pois figura no “Álbum Londrina – 1941”, conforme registra o livro “Memórias Fotográficas”. A fotografia do prédio, com sua fachada robusta e imponente, foi possivelmente capturada por José Juliani, cujas composições marcaram muitos registros históricos da cidade. Na imagem, oito pessoas posam à frente do prédio: seis vestindo uniformes claros, provavelmente funcionários da fábrica, e dois homens à direita, que, pela elegância de seus trajes, são presumivelmente Eduardo Hosken Filho e um associado.

A Fábrica de Guaraná Sublime reflete a diversificação econômica que começava a despontar em Londrina, até então dominada pela agricultura. A iniciativa de produzir um refrigerante local, em uma época em que marcas nacionais ainda engatinhavam no mercado brasileiro, mostra a ousadia comercial da cidade e sua busca por modernização e inovação.

O prédio em si, mandado construir por Schulteiss, também carrega simbolismo. Sua arquitetura funcional, com linhas limpas e práticas, reflete a Londrina industrial nascente, onde o desenvolvimento se unia à estética utilitária. Localizado em uma região central, fazia parte de um núcleo urbano vibrante, cercado por outros empreendimentos que contribuíam para o crescimento da cidade.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.