Em 15 de novembro de 1988, Londrina vivenciou uma eleição municipal que marcaria profundamente sua trajetória política. Naquele período, o Brasil respirava os ares da recém-promulgada Constituição de 1988, que consolidava a redemocratização do país após anos de regime militar.

O cenário político londrinense apresentava-se efervescente. O então prefeito, Wilson Rodrigues Moreira, do PSDB, concluía seu mandato sem a possibilidade de reeleição, conforme as normas vigentes. Diante disso, o grupo situacionista lançou José Tavares, também do PMDB, como candidato à sucessão. Tavares, natural de Bela Vista do Paraíso, no Paraná, contava com Manoel Barros de Azevedo como vice, representando uma coligação que incluía PMDB, PSDB, PCdoB, PSB e PCB.

Do outro lado, a figura de Antonio Belinati, do PDT. Nascido em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, Belinati buscava consolidar sua influência na região. Sua candidatura foi fortalecida por uma coligação abrangente, composta por PDT, PFL, PL, PMC e PDC, tendo Carlos Antonio Franchello como candidato a vice-prefeito.

A disputa foi acirrada. Belinati conquistou 68.951 votos, enquanto Tavares obteve 68.163, uma diferença de apenas 788 votos. Essa margem estreita evidenciava a polarização política e o engajamento da população londrinense no processo democrático. Os demais candidatos a prefeito foram: João Scaff (PDS), que alcançou 13.346 votos; Alcides de Carvalho (PT), com 8.366 votos ; e Walter Motta Campos (PTB), que obteve 1.195 votos. Além disso, segundo a súmula do Tribunal Regional Eleitoral, foram registrados 12.938 votos em branco e 12.641 votos nulos.

Fontes: Acervo Folha de Londrina / Tribunal Superior Eleitoral / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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