1934
Octavio Taccola, filho de imigrantes italiano, nascido em 23 de fevereiro de 1897 no estado de São Paulo, sempre foi fascinado pela mecânica de automóveis e caminhões. Buscando também oportunidades, no final de 1934, chegou a Londrina sozinho, e logo depois trouxe sua esposa, Theresa Radeke, e seus filhos, José Carlos e Fábio, para compartilhar o sonho de um futuro próspero no Norte do Paraná.
Em um período em que a frota de caminhões era envelhecida, as estradas eram ruins e havia dificuldade para encontrar peças de reposição, a oficina do Taccola se tornou um ponto de "alívio" essencial para a comunidade local. Foi na avenida Paraná, atual avenida Celso Garcia Cid, entre as ruas Heimtal (atual avenida Duque de Caxias) e Mato Grosso, em 1936, que a oficina mecânica de Octavio Taccola tomou forma. O edifício, feito de alvenaria, simbolizava o desejo de durabilidade e sucesso de Taccola e também refletia a evolução arquitetônica e urbana de Londrina, que em 1939 proibiria a construção de casas de madeira nos principais trechos da área urbana, buscando modernizar a cidade.
Especializada no conserto de veículos da marca Chevrolet – o que era indicado pelo símbolo da General Motors estampado na placa sobre a marquise – a oficina também atendia os proprietários de outras marcas de automóveis e caminhões, que confiavam no talento e na dedicação do mecânico. Naquele tempo, era comum oficinas mecânicas terem também bombas de combustível, para a venda de gasolina. E Taccola também empreendeu no ramo de autopeças, sendo a sua loja considerada a maior do segmento na cidade.
Em 1955, Octavio Taccola passou a empresa para os filhos e foi para Guaravera, dedicar-se ao cultivo de café. As geadas de 1955 e 1959 castigaram sua lavoura. Vendeu a propriedade e retornou para Londrina. Não voltou mais aos negócios e mudou-se para uma área residencial perto do aeroporto da cidade, onde viveu até o seu falecimento, em 1977. Os filhos encerraram as atividades da Oficina no início da década de 1960.
Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Foto: José Juliani / Acervo Londrina Histórica.
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