O livro Memórias Fotográficas, publicado em 2012, aponta que o primeiro a exercer a atividade de farmacêutico em Londrina foi Prisciano Gurgel de Macedo. Sua farmácia localizava-se na esquina da rua Maranhão com a avenida Rio de Janeiro, onde hoje está o edifício América. Pouco tempo depois, a farmácia foi adquirida pelos sócios farmacêuticos Eduardo Benjamin Hosken e Pedro Nolasco da Silva, que denominaram o estabelecimento de Farmácia São João.

Foram farmacêuticos pioneiros em Londrina, a seguir, Daniel Gomes Leme, da Farmácia Gomes; Edgar Paes de Melo, que comprou a Farmácia São João e renomeou para Farmácia Nossa Senhora Aparecida; o catarinense Orestes Medeiros Pullin, um dos fundadores da Farmácia Maria Izabel; Constantino Igoroff; Luis Francisconi; e Alceno Segantin.

Naquele tempo, o farmacêutico era muito requisitado. Diante de um cenário onde os médicos eram escassos, a comunidade recorria aos farmacêuticos em busca de auxílio para os mais variados males, especialmente nos casos de doenças comuns na região, como a malária e a febre amarela. Esses profissionais eram também alquimistas, manipulando os mais diversos tipos de medicamentos, como colírios, laxantes, pomadas, e xaropes, conforme as prescrições dos médicos ou pedidos diretos dos clientes no balcão das farmácias. Muitas vezes, esses medicamentos manipulados se tornavam a primeira e única linha de tratamento disponível.

A memória dos primeiros farmacêuticos é uma homenagem à determinação dos primeiros habitantes de Londrina, que enfrentaram desafios enormes para garantir que os serviços de saúde estivessem ao alcance de todos. Essa história também nos lembra de como a profissão de farmacêutico evoluiu ao longo dos anos, de uma prática quase artesanal para o setor altamente regulamentado e tecnológico que conhecemos hoje.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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