A esquina das avenidas Paraná e Rio de Janeiro

1934


Antes de abrigar os 17 andares do edifício América, o primeiro "arranha-céu" de Londrina, inaugurado em 1960, o terreno na esquina das avenidas Paraná (antes, rua Maranhão) e Rio de Janeiro era ocupado por um imóvel onde, durante cerca de 25 anos, funcionaram farmácias que ofereciam remédios e serviços.

O prédio de alvenaria, que manteve ao longo do tempo suas características arquitetônicas simples e funcionais, foi inicialmente ocupado pela farmácia de Prisciano Gurgel de Macedo, em 1934. Naquele período, Londrina ainda era uma pequena cidade interiorana, e o comércio de medicamentos se tornava essencial para o desenvolvimento da região. Em 1935, o cenário ao redor mudou com novas construções, como a Casas Pernambucanas na esquina oposta, trazendo mais movimento à área.

Prisciano faleceu em 1938. Não se sabe se antes ou depois da morte de Prisciano o prédio foi adquirido por Pedro Nolasco da Silva e Eduardo Benjamin Hosken, que renomearam o estabelecimento para Farmácia São João. Sob nova administração, a farmácia se tornou mais conhecida e mais respeitada entre os londrinenses, consolidando-se como um local de confiança e cuidado para a população em um período de grande crescimento da cidade.

Mais tarde, o imóvel novamente trocou de mãos, e Edgar Paes de Melo assumiu a propriedade, e rebatizou o estabelecimento como Farmácia Nossa Senhora Aparecida. Mesmo com a mudança de nome, a tradição de ser um ponto de apoio e referência para a comunidade permaneceu.

Como muitas construções históricas, o imóvel teve um fim inevitável diante do avanço urbano. Londrina havia deixado de ser um vilarejo e assumido o papel de um importante polo de desenvolvimento do Norte do Paraná. Em meados da década de 1950, a antiga farmácia foi demolida, dando lugar ao imponente edifício América, símbolo da modernidade e de uma nova era para Londrina.

Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Acervo Londrina Histórica.

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