Nas primeiras décadas de Londrina, a Typographia Oliveira desempenhou um papel crucial na vida administrativa e cultural da cidade. Ela se tornou um ponto de convergência para intelectuais, comerciantes e políticos locais. Forneceu os documentos essenciais para o funcionamento da cidade, como guias, alvarás e notas fiscais, e imprimiu os primeiros jornais e revistas da região, incluindo o Paraná-Norte, em 1934, e a Folha de Londrina, que começou a circular em 1948.

Além disso, a tipografia apoiou iniciativas comunitárias, imprimindo materiais para eventos sociais e religiosos, por exemplo. A tipografia facilitou a circulação de ideias e informações, contribuindo para a coesão social e para o fortalecimento da identidade londrinense em formação. Esse envolvimento com a comunidade consolidou a posição da Typographia Oliveira como uma instituição respeitada e essencial para o desenvolvimento urbano local.

Belmiro Corrêa Oliveira trabalhou no empreendimento até seu falecimento em 1959, quando seus filhos assumiram a gestão. Após alguns anos, Isolírio se mudou para Curitiba e posteriormente para o Rio de Janeiro, enquanto João permaneceu em Londrina, mantendo a tipografia aberta até 1966, quando decidiu fechar as portas. Para se manter ativo, ele montou uma pequena tipografia nos fundos de sua casa, atendendo principalmente ao Rotary Clube, do qual era membro.

A tipografia, localizada originalmente na rua Mato Grosso, 681, entre as ruas Sergipe e Maranhão, mudou-se em 1950 para o número 571 da mesma rua. A fotografia feita na época retrata um cenário ainda não pavimentado, evidenciando os tempos pioneiros e a perseverança daqueles que, como a família Oliveira, ajudaram a construir Londrina, em estrutura e em identidade.

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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