A avenida Paraná no final dos anos 1940

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A fotografia tirada no final dos anos 1940 na avenida Paraná captura um momento emblemático da história da cidade. A imagem revela uma época de transformação e progresso, onde o ritmo acelerado de desenvolvimento urbano começava a moldar a paisagem que viria a caracterizar Londrina nas décadas seguintes.

No lado direito da imagem, destaca-se a construção do edifício Autolon. Projetado pelos arquitetos João Batista Vilanova Artigas e Carlos Cascaldi, tornou-se um marco de modernidade para a época. A estrutura esquelética do prédio em construção representa o fervor econômico que impulsionava Londrina, em grande parte devido ao auge da economia cafeeira. O edifício, uma vez concluído, seria um símbolo de inovação, abrigando uma das primeiras concessionárias de automóveis da cidade e contribuindo para o crescimento da economia local.

À frente do Autolon, a avenida Paraná exibe um cenário em movimento, com pessoas andando pelas calçadas, lojas funcionando e veículos circulando pela via. As fachadas comerciais, com suas placas anunciando alfaiatarias, mercearias e outras lojas, refletem a diversidade e o dinamismo do comércio. As lojas Bomfim e Casas Pernambucanas, visíveis na imagem, eram pontos de referência para os moradores da época, oferecendo desde roupas feitas sob medida até produtos variados para o lar.

O movimento na avenida Paraná é intenso, sugerindo que a área já era um importante ponto de encontro e de negócios. A presença de veículos, incluindo caminhonetes e automóveis, sinaliza o início da popularização do transporte motorizado, que começava a substituir as charretes e outros meios de transporte mais tradicionais.

A arquitetura das construções ao longo da avenida também merece destaque. As edificações, com suas varandas e detalhes em alvenaria, refletem um estilo que mescla influências europeias com a funcionalidade necessária para o clima e o modo de vida da região. O contraste entre o Autolon em construção e as lojas já estabelecidas ao longo da avenida simboliza a coexistência do novo e do tradicional, uma característica que ainda define Londrina.

Fontes: Acervo Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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