Londrina, com sua rica mistura de culturas e tradições, testemunhou a chegada de muitos imigrantes japoneses que buscavam novas oportunidades no Brasil. Para reunir essa crescente comunidade, nasceu a Nihojin-Kai, a Associação Japonesa de Londrina. Sob a liderança de seu primeiro presidente, Hikoma Udihara, a Nihojin-Kai tornou-se um pilar essencial para os japoneses residentes na cidade.

Em 1933, a associação deu um passo importante ao fundar a primeira escola japonesa de Londrina, aproveitando o espaço de sua sede. Esta iniciativa pioneira atendeu inicialmente a 24 alunos, todos oriundos da área rural de Londrina. Na escola, os ensinamentos eram conduzidos pela dedicada professora Toshiko Zakoji, mas o local também funcionava como um clube japonês (kaikan), promovendo a cultura e a integração comunitária.

A Escola Japonesa foi a primeira unidade escolar étnica dentro do perímetro urbano de Londrina, refletindo o compromisso da comunidade japonesa em preservar suas raízes e tradições. Esse esforço educativo foi crucial durante uma época em que a educação formal para imigrantes era escassa e fragmentada.

A presença de escolas orientais em Londrina expandiu-se significativamente nas décadas seguintes. Durante os anos 1960, a cidade chegou a contar com até onze escolas japonesas, evidenciando a vitalidade e o crescimento da comunidade nipônica na região. Com o passar do tempo, essas instituições foram incorporadas ao sistema público municipal, integrando-se ao panorama educacional municipal.

A criação da Nihojin-Kai e da primeira escola japonesa em Londrina representa um capítulo importante na história da cidade, destacando a capacidade dos imigrantes de se organizarem e contribuírem para o desenvolvimento local. A associação proporcionou um espaço de união e apoio mútuo, além de assegurar que as novas gerações mantivessem viva a língua e a cultura japonesas.

Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Projeto Conhecer Londrina / Acervo Londrina Histórica. 

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