Na Londrina do final dos anos 1960, uma Kombi e um caminhão dividem uma estradinha de terra, onde hoje é a avenida Jorge Casoni. A imagem, carregada de nostalgia, revela um tempo em que o desenvolvimento urbano ainda estava em seus primeiros passos, e a terra vermelha, característica marcante da região, era palco das viagens cotidianas.

A fotografia captura um trecho próximo à avenida Brasília (BR-369), que liga Londrina a Ibiporã e Cambé. Apesar da simplicidade do cenário, a visão dos prédios ao longe é um lembrete poderoso do crescimento acelerado da cidade. Ao fundo, sobressaem diversos edifícios do centro da cidade, símbolos de progresso e modernidade que, na época, dominavam o horizonte de Londrina.

Entre os arranha-céus, o edifício Júlio Fuganti se destaca, tapando parcialmente os blocos A e B do Centro Comercial. Este conjunto de prédios, possivelmente, o maior do interior paranaense, era um marco da prosperidade local. Também visível na fotografia estão o edifício Manella e o edifício Associação Rural, concluído entre 1967 e 1968, adicionando mais camadas ao skyline emergente de Londrina. Ainda, um pouco à direita, destaca-se o edifício América (relojão).

Saindo do lado da Viação Urbana Londrina (VUL), onde hoje se encontra a avenida Duque de Caxias, esta estrada de terra capturada na imagem era mais do que um simples caminho; ela representava a ligação entre o passado rural e o futuro urbano de Londrina. 

Esse trecho de estrada, agora asfaltado e integrado à malha urbana, carrega consigo as memórias de uma cidade em transformação. As árvores altas que ladeiam a via ainda sussurram histórias de um tempo em que Londrina estava se forjando, alicerçada nos sonhos de seus pioneiros e na riqueza de sua terra. Essa fotografia representa a Londrina com suas raízes fincadas na terra vermelha e seus olhos voltados para o céu; uma cidade que cresce continuamente, sempre em busca de novas alturas.

Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Londrina e Norte do PR : Memórias e Fotos Atuais,  página no Facebook / Acervo Londrina Histórica.

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