1938
Colônia Internacional ou Kokusai Shokuminchi era o nome pelo qual ficou conhecido, entre os imigrantes japoneses, o empreendimento da CTNP. O pioneiro e propagandista da Companhia de Terras Norte do Paraná, Hikoma Udihara, foi quem primeiro denominou Londrina de “Colônia Internacional”. O Londrina Histórica já publicou uma postagem mostrando uma tabela da Companhia, com a relação de etnias adquirentes de lotes de terras na cidade, até 1938. Gente que aqui chegou incentivada pela grande propaganda feita pela Companhia de Terras Norte do Paraná.
Pelos registros da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), foram vendidos 96 lotes em 1930, 136 lotes em 1931, 277 lotes em 1932 e 521 lotes em 1933. Uma característica encontrada é o número de glebas que são iniciadas e têm consequente ocupação. Em 1930, são quatro glebas e um patrimônio: Cambé, Jacutinga, Cafezal, Caçador e Heimtal. No ano seguinte (1931), sobe para sete; enquanto no terceiro ano (1932) são onze; por último, em 1933, chega a treze glebas e patrimônios.
Os quatro primeiros lotes do empreendimento da Companhia de Terras Norte do Paraná foram vendidos a imigrantes japoneses. Os lotes ficavam localizados na Gleba Cambé, nos dois lados da Estrada Limoeira. Uma colônia era formada basicamente por algumas dezenas de lotes rurais contíguos e tinha como finalidade, a educação dos filhos e a ajuda mútua.
Em 29 de abril de 2008, na Galeria de Mostra Temporária do Museu Histórico de Londrina, foi aberta a exposição “Atlas da Colônia Internacional". A exposição homenageou o espírito desbravador dos pioneiros japoneses e reuniu alguns dos raros mapas ilustrativos da década de 1930, além de painéis com sobreposições de mapas antigos com fotos aéreas atuais. Em depoimento da época, o curador da exposição, o então Prof. Dr. Humberto Yamaki, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UEL, disse que a exposição proporcionava ao visitante visualizar a localização das colônias e confrontar com o que existe hoje no local. Para Yamaki “Atlas da Colônia Internacional” foi, sobretudo, uma homenagem aos pioneiros que souberam dar significado ao chão de terra vermelha.
Assim era possível perceber que nos limites da colônia pioneira, chamada Seção Número Um ou Daí-Ikku Shokuminchi, em 2008, estava o Aeroporto, o Parque Arthur Thomas, a Avenida Dez de Dezembro, a Acel e a Praça Nishinomiya, entre outros. A exposição também continha um painel interativo, entre Londrina e Maringá, onde as pessoas que viveram nessas colônias poderiam demarcar o local onde moraram.
Fontes: Acervo Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
Compartilhe
* respeitamos nossos inscritos, não enviamos spam.
* respeitamos nossos inscritos, não enviamos spam.
Cookies: nós captamos dados por meio de formulários para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade.