Em 1933, na esquina das atuais rua Mato Grosso e avenida Celso Garcia Cid,  o engenheiro Carlos Rotmann, funcionário da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), construiu em madeira o Hotel Germânia. 

A transformação do Germânia em 1942, de madeira para alvenaria, sem interromper suas atividades, simboliza um tempo que Londrina crescia aceleradamente. A fotografia da época, embora sem data exata, captura a arquitetura do prédio e mostra figuras importantes como Frieda Fleuringer, George Craig Smith e Erwin Fröhlich, todos ligados à CTNP, revelando a intersecção de comércio e comunidade que o hotel fomentava.

Sob a administração do casal Alberto e Frieda Fleuringer, o Germânia tornou-se conhecido por sua excelente culinária, liderada pela cozinheira Sebastiana, cuja feijoada se tornou uma atração local. Entre os hóspedes ilustres, Miguel Blasi, que seria prefeito de Londrina, demonstrando a importância do hotel como um ponto de encontro para influenciadores e tomadores de decisão da cidade.

Entretanto, o impacto da Segunda Guerra Mundial trouxe desafios significativos. Com a entrada do Brasil no conflito em 1944, o decreto que proibia nomes associados aos países do Eixo forçou o hotel a mudar de nome para Grande Hotel. 

Em 1946, desgastado pelas circunstâncias, Rotmann arrendou o hotel e, em 1949, Waldemar Sprenger assumiu o negócio, que continuou até 1982, quando o prédio foi finalmente demolido. 

O Hotel Germânia serve como um lembrete das transformações de Londrina, refletindo sua rica história urbana e cultural. Sua narrativa traz períodos de transformação e adaptação.

Fontes: Memórias fotográficas: a fotografia e fragmentos da história de Londrina. Paulo César Boni, Rosana Reineri Unfried e Omeletino Benatto. Midiograf, 2013. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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