O anúncio original do Cine Ouro Verde, que marca a  sua inauguração em uma véspera de Natal em 1952, ressalta a grandeza e o espírito inovador do estabelecimento. Com 1.350 poltronas estofadas, proporcionava  um conforto incomparável para a época. Tinha um amplo saguão de espera, um sistema de ar-condicionado considerado um dos mais avançados do seu tempo e aparelhagens modernas de exibição. 

O cinema atraía a atenção de uma multidão de espectadores, desde famílias em busca de lazer até aficionados por filmes, devido à sua infraestrutura de ponta e por se tornar um local de encontro social e cultural. Sua programação de filmes ao longo dos anos foi um convite para um mundo de descobertas cinematográficas durante a era dourada das salas de cinema no Brasil.

A importância histórica do Cine Ouro Verde vai além do entretenimento. Ele é um testemunho das mudanças culturais e sociais da cidade. A memória das noites de estreia, das filas que serpenteavam pelo quarteirão e do burburinho dos espectadores ainda pode ser sentida por suas paredes, mantendo viva a chama da nostalgia e do amor pelo cinema.

Foi um cinema que resistiu ao tempo, mantendo-se relevante mesmo com as mudanças tecnológicas que desafiaram muitos outros cinemas a se modernizar ou fechar as portas. Desde o seu advento, o Ouro Verde tem servido como uma referência, refletindo as mudanças sociais e tecnológicas através de décadas de exibições cinematográficas (e também como espaço multiuso). É o espaço que sintetiza a arte e a cultura de Londrina.

Em uma era em que o digital predomina, o legado do Cine Ouro Verde ressoa como um lembrete da importância dos espaços físicos na construção de comunidades e na preservação da história cultural local.

Fontes: Universidade Estadual de Londrina – Casa de Cultura / Acervo Londrina Histórica.

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