A escassez durante a Segunda Guerra Mundial

1940


Nas terras de Londrina, ainda jovem na sua emancipação política, a Segunda Guerra Mundial deixou marcas não apenas nas mentes e corações, mas nas ruas da cidade. Este período de escassez e preocupações é capturado na fotografia histórica da época. Na rua Sergipe, ainda sem a marca do progresso urbano – o calçamento –, pessoas se alinham em uma fila que serpenteia entre a avenida Rio de Janeiro e a rua Minas Gerais, a um sopro de distância da estação ferroviária. Elas esperam ansiosas para comprar alimentos em um comércio local.

A vida em Londrina durante a guerra sofreu os reflexos do impacto global do conflito, mesmo estando a milhares de quilômetros dos principais campos de batalha. Essa imagem é um registro das dificuldades enfrentadas pelos londrinenses: itens básicos tornaram-se escassos e o temor de que os jovens fossem convocados para lutar em terras distantes assombrava muitos pais, tirando-lhes o sono. Esse receio não era infundado, pois, embora o Brasil tenha entrado oficialmente na guerra em agosto de 1942, a tensão já se fazia sentir muito antes, afetando a rotina das pessoas.

Na foto, o cavalo que aparece torna-se emblema de resiliência; diante da falta de combustível, é a força motriz que impulsiona a economia local, puxando carroças e transportando vidas. A imagem também revela um aspecto curioso e simbólico: a predominância de roupas claras em meio à terra vermelha típica da região. Este contraste visual não apenas destacava a rusticidade do ambiente, mas também a resiliência de uma comunidade que se esforçava para manter a normalidade em tempos de crise.

Os desafios impostos pela Segunda Guerra Mundial trouxeram à superfície a engenhosidade de uma cidade que, mesmo diante do racionamento e das restrições, buscava caminhos para suprir suas necessidades e assegurar sua continuidade.

Fontes: Londrina e Norte do PR : Memórias e Fotos Atuais, página no Facebook administrada por Divino Bortolotto / Acervo Londrina Histórica.

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