No pulsante cenário cultural de Londrina dos anos 1940, o Grêmio Literário e Recreativo Londrinense (GLRL) despontava como uma referência de intelectualidade e sociabilidade. Fundado por figuras proeminentes como Anísio Ribas Bueno, o primeiro coletor federal de Londrina, o Grêmio rapidamente se tornou um ponto de convergência para a elite intelectual e social da cidade. 

Atendendo a uma demanda da sociedade local, o Grêmio foi um dos primeiros clubes criados na região. Nesse período, ocupava um espaço junto à Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) na rua Minas Gerais. Logo comprovou o seu papel crucial em promover a literatura, a música e as artes, contribuindo significativamente para a formação da identidade cultural de Londrina.

Sua influência se estendia além das fronteiras do entretenimento, engajando-se ativamente em causas sociais, como em setembro de 1941, quando o clube sediou o primeiro baile destinado a arrecadar recursos para o hospital dos Indigentes. Era inegável a presença marcante do GLRL na vida social londrinense, inclusive, abrigou em uma de suas salas a própria Câmara Municipal nos anos de 1948 e 1949, demonstrando sua relevância e prestígio na comunidade. 

A partir de 1952, quando foi fundado e sem uma sede própria, o Sindecolon – Sindicato dos Empregados no Comércio de Londrina, que começou como Associação de Empregados dos Estabelecimentos Comerciais, se reuniu durante muito tempo em vários locais, entre eles, a sede do Grêmio. Com sua trajetória entrelaçada à história de Londrina, o Grêmio Literário e Recreativo Londrinense permanece na memória como um símbolo de resistência cultural e engajamento social. A foto registra o Baile da Primavera, em 1953.

Fontes: Acervo Folha de Londrina /  Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

Outras publicações: