Do início de sua história aos dias de hoje, a avenida Paraná, no trecho entre a avenida São Paulo e a rua Minas Gerais, atualmente parte do Calçadão de Londrina, ficou caracterizada por uma mistura vibrante de comércio e vida social.
A vitalidade desse trecho é tão significativa que, já em 1938, a Prefeitura de Londrina proibiu o trânsito de charretes, carroças, carros, caminhões, tratores e motocicletas na área aos domingos e feriados, privilegiando o movimento de pedestres, encontros sociais e a interação entre os jovens. Isso ilustra não apenas a importância do local como um ponto de encontro, mas também a preocupação da cidade em preservar e promover espaços para a interação comunitária.
Nas décadas de 1940 e 1950, estabelecimentos importantes como a Farmácia Maria Izabel, a Sorveteria Curitiba e a Casa Castro eram muito populares. Reconhecido como o principal local para compras e negócios, esse perímetro era também um lugar de lazer e interação social. Era comum ver pessoas passeando, "vendo o tempo passar", e jovens se engajando em "footings" - uma prática social da época.
Este panorama da avenida Paraná, com especial destaque para a Casas Pernambucanas, inaugurada em 3 de fevereiro de 1935, que ainda mantém sua presença neste local, testemunhando as mudanças ao longo dos anos, oferece um vislumbre do passado vibrante de Londrina, marcado por uma rica vida social e uma crescente atividade econômica, elementos que foram fundamentais no desenvolvimento e na identidade da cidade.
Fontes: Memórias fotográficas: a fotografia e fragmentos da história de Londrina. Paulo César Boni, Rosana Reineri Unfried e Omeletino Benatto. Midiograf, 2013. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.