Londrina se erguia majestosamente no Norte do Paraná quando, em 1931, ainda chamada Patrimônio Três Bocas, se preparava para receber a visita ilustre do Príncipe de Gales, futuro rei Eduardo VIII, e seu irmão (e também futuro rei) Jorge VI, respectivamente, tio e pai da rainha Elizabeth II. A família real britânica estava curiosa com a colonização do Norte do Paraná e, com olhares atentos, quis conferir de perto o progresso da terra que estava sendo escolhida por muitos imigrantes.

Depois de serem recebidos pelo presidente Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, os príncipes embarcaram em uma jornada rumo ao norte paranaense. Os trilhos do trem os levaram até Cambará, já em terras paranaenses, de onde planejavam seguir para Londrina no dia seguinte.

A notícia da chegada da realeza espalhou-se pelos quatro cantos da região. Os moradores de Londrina estavam em alvoroço. Preparativos foram feitos para receber seus ilustres visitantes. A cidade vestiu suas melhores roupas, suas fachadas foram adornadas com bandeiras e sorrisos ansiosos aguardavam a chegada real.

Contudo, o destino tinha outros planos. Conta-se que os príncipes chegaram ao Paraná e passaram boa parte do dia na fazenda de Barbosa Ferraz, em Cambará. Depois, a comitiva seguiu para Cornélio Procópio, de onde, conforme a programação, seguiria de carro até Londrina. Mas, na manhã seguinte, em razão de fortes chuvas, a visita real a Londrina foi cancelada. 

Embora a visita não tenha se concretizado, o momento histórico jamais foi esquecido. A lembrança da quase visita dos futuros reis deixou uma marca na história londrinense. Os príncipes seguiram em sua jornada por outras terras, mas Londrina continuou a crescer e florescer, mantendo-se orgulhosa de sua história e das histórias que a cercam.

Na foto, o pórtico de madeira em Cornélio Procópio, construído por trabalhadores para dar as boas-vindas à comitiva britânica.

Fontes: Acervo Folha de Londrina / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica. 

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