1960
Nos anos 1960 e 1970, a cidade de Londrina era palco de uma intensa atividade no setor automotivo, com a presença marcante de duas grandes concessionárias Ford: a Maracaju Veículos e a Cia. de Automóveis Mayrink Góis. Essas duas empresas desempenhavam papéis complementares, com a Maracaju Veículos concentrando-se na comercialização e manutenção de carros de passeio, como o Corcel, Belina e Galaxie, enquanto a Mayrink Góis focava nos veículos utilitários, incluindo o Jeep, Rural Ford F-75, caminhões e caminhonetes.
A parceria entre as duas concessionárias ia além da mera complementaridade de produtos. Segundo relatos de quem viveu aquela época, era comum haver um intenso intercâmbio de peças automotivas entre elas. Era rotineiro o serviço de levar e buscar peças entre as duas agências autorizadas, e até mesmo em fornecedores não autorizados na praça. Esse intercâmbio demonstra a cooperação e a interdependência entre as empresas, um esforço para atender às demandas dos clientes e manter a operação fluida em um período em que a indústria automotiva brasileira passava por significativas transformações.
Além do aspecto comercial, a presença dessas concessionárias reflete o contexto histórico da época. Os anos 1960 e 1970 foram marcados por um intenso processo de industrialização e modernização no Brasil, com a expansão do setor automotivo desempenhando um papel crucial. A Ford, assim como outras montadoras, buscava consolidar sua presença no mercado brasileiro, e as concessionárias eram parte de uma estratégia, atuando como vitrines dos produtos da marca e como centros de assistência técnica e pós-venda.
A história das concessionárias Maracaju Veículos e Cia. de Automóveis Mayrink Góis se entrelaça com a história de Londrina e do próprio desenvolvimento da indústria automotiva no Brasil. O intenso intercâmbio de peças e a complementaridade de atuação entre essas empresas são reflexos de um período de efervescência e transformação, em que a busca por inovação e eficiência impulsionava o setor automotivo a novos patamares.
Fontes: Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
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