O sistema de transporte coletivo urbano do município passou por diversas transformações desde a década de 1950, e entre elas está o modelo de operação dos itinerários dos ônibus. No final de 1958, quando a Viação Urbana Londrinense (VUL), atual Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), iniciou suas atividades, suas primeiras linhas operavam no modelo radial, ou seja, faziam o trajeto do centro para o bairro e vice-versa. 

Com o passar dos anos, as linhas radiais cederam espaço para as diametrais, que iam de um bairro a outro, de um lado a outro da cidade, tendo o Bosque como ponto central desse sistema de transporte urbano. Brasil-Recreio, Europa-Alvorada, Valdemar Hauer-Shangri-lá, Yara-Higienópolis, Vila Nova-Ipiranga, eram os fios condutores que ligavam os habitantes da cidade aos seus destinos cotidianos. Algumas dessas rotas eram verdadeiras viagens pela paisagem urbana de Londrina, como por exemplo Skol-Santa Rita. 

Nos primeiros anos da década de 1970, encontra-se uma curiosidade sobre o horário de funcionamento das linhas: quase todas tinham o último ônibus do dia saindo às 23h00 do Bosque; a exceção era a linha Aeroporto-Ney Braga, que estendia seus serviços até a meia-noite, atendendo às necessidades daqueles que demandavam um transporte mais tardio.

A prometida integração das linhas finalmente se concretizou apenas em 1988, com a inauguração do Terminal Urbano de Passageiros, localizado no quadrilátero entre as ruas Professor João Cândido, avenida São Paulo, rua Benjamin Constant e avenida Leste-Oeste. As linhas radiais ressurgiram, mas agora com o benefício da integração no terminal, permitindo aos passageiros o pagamento de uma única passagem para circular pelos diversos destinos oferecidos pelo sistema de transporte coletivo urbano.

Fontes: Transportes Coletivos Grande Londrina – TCGL / Acervo Folha de Londrina / Blog londrinahistorica / Acervo Londrina Histórica.

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