As transformações no transporte público da cidade ao longo das décadas estão entre as tantas memórias guardadas pelo Bosque Municipal Marechal Cândido Rondon. Durante décadas, entre os anos 1960 e 1980, em sua parte central ficou instalado o terminal de ônibus da cidade. O Bosque era cortado ao meio pela rua Piauí e justamente neste trecho as linhas de ônibus paravam no centro de Londrina.

Por volta de 1961, os ônibus da Viação Urbana Londrinense (VUL), exemplares das empresas de carrocerias Nicola e Caio, circulavam pelas ruas e avenidas do município com suas cores vibrantes, o vermelho e o amarelo.

À medida que Londrina prosperava, a demanda por transporte público também crescia, e o terminal do Bosque se tornou um ponto de encontro para milhares de passageiros diariamente. E, inevitavelmente, a estrutura existente atingiu sua capacidade máxima, exigindo adequações. 

A solução encontrada foi duplicar aquele trecho da rua e construir quatro plataformas cobertas para embarque e desembarque, visando garantir um fluxo mais eficiente de passageiros. Enquanto durou essa obra, o terminal funcionou temporariamente ao lado da Catedral Metropolitana.

Em 1988, um novo capítulo na história do transporte público da cidade foi escrito com a inauguração do Terminal Urbano de Passageiros, localizado no quadrilátero entre as ruas Professor João Cândido, avenida São Paulo, rua Benjamin Constant e avenida Leste-Oeste. Este novo terminal trouxe modernidade e maior capacidade para atender a uma Londrina em constante desenvolvimento.

Com essa transição, o terminal do Bosque foi desativado e, aos poucos, o local passou por transformações. Os pontos de ônibus foram demolidos, o Bosque foi cercado por uma grade em toda a sua extensão, e o trecho da rua Piauí foi interrompido para o tráfego de veículos. 

Fontes: Acervo Folha de Londrina / Transportes Coletivos Grande Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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