Há lugares que parecem brotar da própria essência da terra, destinados aos poucos privilegiados que ousam buscá-los. Um desses lugares é o Salto do Apucaraninha, um espetáculo de águas e verde com 116 metros de altura, entre a região sul de Londrina e o município de Tamarana. A partir do Centro de Londrina, são aproximadamente 80 km de distância.

Um quarto desse trajeto é percorrido por estradas rurais que, para os desavisados, podem parecer um enigma. Mas a recompensa é uma visão de tirar o fôlego e encher os olhos. O Salto do Apucaraninha é mais do que uma simples cachoeira, é um convite à aventura, uma celebração da natureza em seu estado mais puro; é um portal que nos transporta para um mundo onde o tempo parece suspenso e o coração bate em sintonia com a pulsação da Terra.

No local não existe qualquer tipo de infraestrutura. Há apenas um pequeno mirante, que permite ao visitante uma visão completa do salto e da paisagem ao redor. Visitá-lo é mergulhar não apenas nas águas refrescantes do rio, mas também em uma história ancestral que se desdobra diante de nossos olhos. O Salto do Apucaraninha é também um santuário de significado cultural profundo. A língua kaingang o chama de "krog". 

Junto dali, já dentro de Tamarana e localizada entre os rios Tibagi, Apucarana Grande e Apucaraninha, fica a Terra Indígena Apucaraninha, formada por quatro aldeias: Água Branca, Serrinha, Barreiro e a Sede. Em uma área de aproximadamente 6.230 hectares, onde outrora havia abundância de araucárias e de palmitos, vivem e preservam suas tradições cerca de 1.700 indígenas da etnia kaingang. 

Fontes: Prefeitura do Município de Londrina / "Os Kaingang do Apucaraninha e suas Histórias". Organizado pelo Centro de Memória e Cultura Kaingang. 2021. / Acervo Londrina Histórica.

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