Londrina em 2008: onde respirava a peroba-rosa

2008


A cidade de prosperidade tecida por mãos laboriosas, guarda em seus recantos memórias de uma espécie que foi pilar desse desenvolvimento: a peroba-rosa. O Londrina Histórica já escreveu sobre a importância da peroba-rosa para a cidade. E agora recupera uma matéria publicada pela Folha de Londrina, em janeiro de 2008, que destacava onde, naquele momento, haviam exemplares desta árvore no município. 

A publicação fazia o alerta de que a espécie podia ser encontrada somente em poucos locais. Como quem constrói um roteiro, foi pontuando esses lugares. Numa região onde apenas 2% da floresta original resistia, a peroba se erguia em pequenos fragmentos. 

Para encontrá-las, os passos deveriam ser certeiros. O Parque Arthur Thomas, a Mata dos Godoy, o campus da Universidade Estadual de Londrina, o Marco Zero e o Bosque Municipal Marechal Cândido Rondon, eram ambientes onde a peroba-rosa ainda se curvava ao céu. 

Este cenário era enriquecido por algumas perobas presentes em bairros da cidade. Foram citadas a rua Charles Linderberg, no Jardim San Fernando (zona leste); algumas vias no Conjunto Maria Lúcia (zona norte); e também a praça Angelo Cretá, no Conjunto Luiz de Sá.

A explicação para esse cenário de raridade é encontrada em razões diversas. Trata-se de uma árvore que atinge alturas significativas, não sendo, portanto, recomendada para áreas residenciais; o seu crescimento é lento e deve estar sob sombra; e, em condições normais de floresta, a peroba se torna reprodutivamente ativa por volta dos cinquenta anos de idade - quando apresenta um diâmetro de 30 a 40 cm -, tamanho a partir do qual são selecionadas para extração comercial. 

Fontes: Acervo Folha de Londrina / Prefeitura do Município de Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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