Altiva e imponente com seus troncos largos, as raízes da peroba-rosa entrelaçam-se com a própria história de Londrina. Seu nome científico é aspidosperma polyneuron e caracteriza-se por ser uma espécie de árvore originária da mata atlântica brasileira, sendo encontrada também na Argentina, Paraguai, Peru e Colômbia. O nome pode receber algumas variações: peroba, amargoso, peroba-rosa, peroba-amarela ou peroba-rajada.
Imponente, destaca-se na paisagem verde, uma verdadeira anciã entre as árvores. Seu crescimento é lento, como quem sabe que a pressa é inimiga da perfeição. Quando atinge sua plenitude, a copa se estende majestosa por uma altura média de 20 metros, mas não é raro encontrar perobas-rosa com mais de 40 metros. Outro fator de reconhecimento é sua casca interna rósea.
A peroba-rosa é mais que um monumento natural. A madeira que ela concede ao mundo é uma dádiva: é robusta e densa, com o toque rústico da natureza. É pesada, dura, compacta, com superfície opaca e áspera, fácil de rachar, muito durável, desde que não fique em contato com o solo e umidade. Nos primeiros tempos de Londrina, foi utilizada em grande escala para a construção de casas. É adequada para quase tudo em uma obra: vigas, caibros, batente de portas e janelas, rodapés, tacos para assoalhos, sem falar que é perfeita para a fabricação de móveis.
Devido à sua importância local, tornou-se um símbolo da cidade, quando em setembro de 2004 foi promulgada a lei nº 9.597, que a designou a peroba-rosa como árvore-símbolo do município. Essa lei prevê que “nos impressos das campanhas institucionais do município alusivas à preservação do ambiente natural e naqueles da Secretaria Municipal do Ambiente e do Conselho Municipal do Meio Ambiente deverá constar ícone da peroba-rosa acompanhado do seguinte dístico: ‘Peroba-rosa: árvore-símbolo do Município de Londrina’".
Fontes: Prefeitura do Município de Londrina / Universidade Estadual de Londrina / José Juliani / Programa Nacional de Solos - PronaSolos Paraná / Acervo Londrina Histórica.