Um dos personagens mais influentes do Norte do Paraná foi Simon Joseph Fraser (1871-1933), conhecido como Lord Lovat.

Lovat era técnico em agricultura. Além de ter integrado frentes de batalha em prol do Reino Unido, tornou-se explorador e grande empreendedor, tendo dedicado seus investimentos a diferentes regiões do mundo, dentre elas, o Sudão.

Para o Brasil, Lovat veio a bordo da Missão Montagu, cuja caravana aportou no Rio de Janeiro no início de 1924. Esta missão foi liderada por Edwin Samuel Montagu, ex-secretário de Finanças do Tesouro da Inglaterra., e teve entre seus integrantes Sir Charles Addis, então diretor do Banco da Inglaterra e presidente do Hong-Kong and Shangai Banking, Sir Hartley Witlhers, conde de Londres e Simon Joseph Fraser, décimo sexto barão do Reino Unido. Após reuniões no Rio de Janeiro e São Paulo, Lovat rumou para Cambará, no interior do Paraná, para negociar terras e uma estrada de ferro com Antônio Barbosa Ferraz Júnior e demais empresários.

Quem foi o responsável pelo encontro entre Lord Lovat e os cafeicultores, foi o engenheiro Gastão de Mesquita Filho, que também chamou a atenção para as terras esquecidas no Norte do Paraná, as quais o Governo oferecia a quem chegasse primeiro, referenciando a concessão do Estado para quem concluísse a estrada de ferro. Gastão citou que seria interessante, após a compra da ferrovia, prolongá-la. A linha ainda valorizaria as terras entorno dos patrimônios, impulsionando a produção agrícola.

Em setembro de 1925 nasceu a subsidiária da Paraná Plantations, a Companhia de Terras Norte do Paraná, empresa responsável por toda a operação imobiliária da região. Lord Lovat esteve à frente de todo aquele empreendimento até 1933, quando faleceu. O seu legado foi dado sequência por diversos outros gestores.

Fontes: http://www.famiglia.barone.nom.br / Livro “As cidades plantadas: os britânicos e a construção do Norte do Paraná”, de Renato Leão Rego / Acervo Londrina Histórica / David Whyte's Studio.

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