As praças são como testemunhas silenciosas do nosso passado, um espelho que reflete os ecos das gerações que por ali passaram. A Rocha Pombo é uma dessas históricas praças de Londrina, um elo valioso, conectando os edifícios das antigas estações ferroviária e rodoviária, hoje os Museu de Arte e Museu Histórico, respectivamente. Essa praça é muito mais que um espaço; é um portal para as memórias de uma cidade em constante evolução. 

O desenho da praça Rocha Pombo nasceu de trilhas em diversas direções formadas pelos próprios transeuntes, um labirinto de destinos entrelaçados. Naquela época, o concreto ainda não dominava e os passos das pessoas eram os arquitetos invisíveis de um espaço que viria a florescer. As trilhas tornaram-se as diretrizes para a urbanização desse logradouro, que contou também com a construção de um espelho d'água e um chafariz que se tornariam os protagonistas do local.

Na década de 1950, a praça Rocha Pombo era o cartão de boas-vindas da cidade, um aceno caloroso para os viajantes que desembarcavam em suas antigas estações. Era um cenário aprazível, um convite a um passeio suave pela história. As lembranças desse tempo ressoam na memória de muitos, onde as carpas nadavam graciosamente na piscina do chafariz; especialmente para as crianças, essa era uma atração única.

Reconhecendo a importância de seu conjunto arquitetônico, o Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico Cultural do Paraná (CEPHA) a abraçou em 8 de dezembro de 1974, tombando-a ao mesmo tempo que o edifício do Museu de Arte, com o objetivo de sua conservação e da amplitude do seu entorno, para que as estações de arte e história pudessem continuar a conversar através do tempo, sem a sombra de construções indesejadas. 

Fontes: Prefeitura Municipal de Londrina / Acervo Folha de Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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