Registros do projeto Casa da Memória – Política Documental da UEL, do Centro de Documentação Histórica de Londrina, dão conta de que a ideia da criação de um museu histórico para a cidade  partiu da aluna Célia Moraes, durante uma aula de História da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Londrina (FEFCLL), em 1962.

Passaram-se anos até que em novembro de 1969, de acordo com uma reportagem da Folha de Londrina, publicada no dia 19 daquele mês e ano, aconteceu o primeiro encontro da comissão provisória de organização do museu histórico da cidade. A reunião ocorreu nas dependências da FEFCLL e foi constituída da seguinte forma: coordenador geral, padre Carlos Weiss; seção de Geografia Humana, professores Yoshiya Nakagawara; Geografia Física, João Antonio Calvo; História, Jorge Cernev; Antropologia, Mário Borges Maciel; Arquivos e Documentos, Maria Dulce Alho Gotti; e Relações Públicas, Leonardo Henrique dos Santos.

Em 18 de setembro de 1970, a realização do sonho tornou-se tangível com a implantação do Museu Geográfico e Histórico do Norte do Paraná nos porões do Colégio Hugo Simas. A escolha do nome refletia a essência da região, enraizada na cultura cafeeira que permeava a sociedade tanto social e economicamente quanto politicamente. O museu estava vinculado aos cursos de Geografia e História da FEFCLL, sendo o padre Carlos Weiss seu grande defensor e primeiro coordenador. Para ele, a importância de preservar a memória era inquestionável.

Desde seus primeiros dias, o museu recebeu doações, principalmente de objetos de uso cotidiano trazidos por imigrantes e migrantes brasileiros. O Pe. Carlos Weiss, filho de um funcionário de um museu na Alemanha, orientava pessoalmente a organização e catalogação do acervo, compartilhando seu conhecimento sobre o assunto. Sua dedicação e paixão eram evidentes, tornando-se uma referência inesquecível na história do museu. Carlos Weiss faleceu em 1976, e em outubro de 1978, o Conselho Universitário da Universidade Estadual de Londrina (UEL) decidiu prestar uma homenagem justa ao dedicado coordenador, renomeando o museu com o seu nome. 

À medida que o acervo crescia, ficava evidente a necessidade de um espaço mais adequado e recursos para sua conservação. Objetos frágeis, como porcelanas, cerâmicas e fotografias, pediam por cuidados especiais. Foi então que, em 1986, o museu histórico foi transferido para o atual endereço, na antiga estação ferroviária de Londrina. 

Fontes:  Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss / Acervo Folha de Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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