Caminhos da colonização

1930


Em meio às páginas do artigo "Moldando a Paisagem Etnográfica: as terras da CTNP no Paraná entre 1930 e 1933", encontra-se um mergulho nos primórdios do empreendimento da Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP) e em como ele moldou a paisagem etnográfica da região. Os autores, Humberto Tetsuya Yamaki, Maria Emanuella Panchoni, Milena Kanashiro, Alex Lamounier e Manuela Powidayko Alberici, conduzem uma jornada por meio das estratégias de parcelamento, colonização e vendas de terras.

Os pesquisadores analisaram as vendas de lotes nos primeiros anos do empreendimento e concluíram que, diferente do que se poderia esperar, as glebas rurais circundantes foram vendidas antes dos lotes urbanos. Glebas como Cambé, Jacutinga, Cafezal, Caçadores e Heimtal foram os pontos de partida dessa empreitada pioneira em Londrina. A venda dos lotes da cidade veio depois. O processo de colonização das terras da CTNP, portanto, tinha suas fronteiras definidas pelas glebas.

Além disso, a análise do processo de venda de terras permitiu compreender as estratégias de colonização com imigrantes de várias nacionalidades. Por meio de propaganda, em formatos como livretos e folders, a colonizadora incentivou a vinda e a formação de colônias de imigrantes de diversas nacionalidades. Foram estabelecidas colônias alemãs, italianas, polonesas, tchecoslovacas e japonesas. 

A implantação dessas comunidades era parte fundamental da estratégia de colonização, promovendo não apenas a ocupação das terras, mas também a cooperação, a administração centralizada, a ajuda mútua e a educação dentro dessas colônias. Como exemplo, um vislumbre do projeto de construção de um moderno núcleo urbano no Patrimônio Heimtal, predominantemente habitado por imigrantes alemães, revela o empenho da Companhia em criar condições adequadas para o desenvolvimento dessas comunidades.

Fontes:  “Moldando a Paisagem Etnográfica: as terras da CTNP no Paraná entre 1930 e 1933”, de Humberto Tetsuya Yamaki, Maria Emanuella Panchoni, Milena Kanashiro, Alex Lamounier e Manuela Powidayko Alberici,  publicado no Boletim Museu Histórico de Londrina - Londrina, v. 1, n.2, jan-jun 2010  / Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.

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