1960
Na década de 1950, Londrina foi responsável por cerca de 51% do café produzido no mundo e ganhou o apelido de “Capital Mundial do Café”. Os fazendeiros, proprietários de terra, construíram casarões e ficaram conhecidos como os “Barões do Café”, e os grãos de café eram conhecidos como “ouro verde”.
Na Londrina "capital mundial do café", em 1960, no auge do ciclo cafeeiro, foi inaugurado o Edifício América. Construído para concentrar a comercialização do café, com seus 17 andares, foi o primeiro "arranha-céu" da cidade. Seus andares eram ocupados por corretoras, exportadoras e, em sua história, inclui até uma bolsa de mercadorias, com o café sendo o seu carro-chefe. O América reuniu, em escritórios, todo o comércio do café, até então espalhado nas calçadas da região central.
Na entrada do prédio, formava-se fila de clientes. No saguão, na entrada dos dois elevadores, então os mais modernos do mercado passavam asiáticos, europeus e americanos. Era um lugar onde literalmente o dinheiro corria.
Numa época de poucas estradas, o avião era o meio mais comum de transporte. Dinheiro para bancar os custos não faltava. As empresas transportavam os clientes até as lavouras, para que conferissem, in loco, a qualidade do produto que iriam comprar.
Na cidade, charretes atuavam como táxis. Durante o dia, levavam os endinheirados do café aos bancos e ao pujante comércio. À noite, o principal destino das charretes era a mítica zona de prostituição, na região onde hoje se localiza a atual rodoviária de Londrina.
Em 1960, o Centro do Comércio do Café de Londrina tinha 400 associados e o sindicato dos corretores somava 600 sócios.
Fontes: Acervo Gazeta do Povo / Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.
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