A herança inglesa

2010


A Companhia de Terras Norte do Paraná (CTNP), subsidiária da Paraná Plantations, financiada por capital britânico, idealizou e implementou o grande projeto de colonização do Norte do Paraná. O modelo de comercialização das terras, principalmente em pequenos lotes, atraiu compradores de diversos pontos do país e muitos imigrantes, das mais diversas etnias. Nesse contexto, Londrina tornou-se a principal cidade. Mais quais as ligações ou as referências que a cidade guarda da Inglaterra ou dos britânicos?

No início, em razão da recorrente neblina que havia no local que remetia  ao “fog” de Londres, o diretor da companhia colonizadora, João Domingues Sampaio, sugeriu o nome de Londrina – pequena Londres, em homenagem à capital inglesa. Nomes como Lord Lovat e Arthur Thomas são frequentemente citados quando se trata de lembrar do começo da cidade. Lord Lovat é o “descobridor” e idealizador, enquanto Arthur Thomas é reconhecido como um dos artífices do singular desenvolvimento da cidade.

Mas, para além do nome e de alguns pioneiros, muito pouco da Inglaterra está presente em Londrina, mesmo considerando alguns esforços que foram feitos ao longo do tempo, seja pelo poder público, seja pela sociedade local. Entre eles, citamos dois exemplos relativamente recentes.

Por volta de 2010, a Sercomtel começou a instalar em vários pontos de Londrina cabines telefônicas inspiradas no modelo que mais se vê atualmente na capital inglesa. O modelo é chamado K6, ou “Jubilee Kiosk”, e foi projetado em 1935, comemorando o jubileu de prata da coroação do Rei George V (avô da Rainha Elizabeth). As cabines de Londrina foram construídas em metalon e suas medidas são: 1,10m de largura e 2,50m de comprimento. 

Na entrada de Londrina, na BR-369, em frente ao Parque de Exposições Ney Braga, foi construído um portal que contém réplicas que fazem referência ao famoso “Big Ben”. O projeto apresentado em 2013, e depois construído pela Econorte, concessionária do pedágio, é uma homenagem a Londres. Junto ao portal, foi construída uma passarela para travessia de pedestres. À época, muitos londrinenses criticaram a proposta por entender que Londrina não carregava uma identidade britânica que justificasse o tema para o portal da cidade.

Fontes: Museu Histórico de Londrina / Sercomtel / Prefeitura Municipal de Londrina / Acervo Folha de Londrina / Acervo Londrina Histórica.

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