Há 30 anos terminava uma das histórias mais importantes da indústria londrinense. Em 13 de abril de 1993, a icônica fábrica de cervejas no bairro aeroporto encerrou a sua produção de cervejas.

A Maltaria e Cervejaria Londrina foi criada pelo empreendedor português Fausto Tavares em 1952. A indústria transformou a zona Leste de Londrina, que passou a ser conhecida como “parque empresarial”. A fábrica chegou a empregar cerca de 500 pessoas; depois, com a modernização dos equipamentos, o número de funcionários foi diminuindo. Era a principal referência da região onde foi instalada, tanto que o bairro à sua volta ficou conhecido como Cervejaria. 

Até 1967, a indústria fabricava duas cervejas que davam orgulho para cidade: a cerveja clara marca Londrina Chopp e a cerveja preta Chopim. O nome de Londrina também estava na linha de refrigerantes: guaraná, água tônica e soda limonada. Uma das ocasiões mais marcantes para a fábrica ocorreu na Exposição Agropecuária e Industrial do Paraná, realizada em 1965, quando o presidente Castelo Branco experimentou a Londrina Chopp. 

Ao longo do tempo a Cervejaria Londrina ainda fez diversos experimentos com suas cervejas, colocando no mercado algumas novidades como a Malzbier com vitaminas e a Londrina Chopp com super fermento. A partir de 1967, a Cervejaria Londrina foi vendida e se associou à Skol Internacional Beer Limited e, após 1969, virou a Cervejarias Reunidas Skol Caracu S/A. A fábrica parou de funcionar em 13 de abril de 1993. 

O imóvel está localizado na rua Dom Fernando, nº 170, no bairro Aeroporto. Foi formado por um conjunto de galpões com 13.580,51 metros quadrados de extensão em um lote com aproximadamente 79 mil metros quadrados. Havia também 8 poços artesianos com mais de 100 metros de profundidade, que garantiam a água para a produção de cervejas e casas com dormitórios, para funcionários que moravam longe.

Fonte: Inventário Arquitetônico, E-143 – Dir. de Patrim. Hist.Cultural – Sec. Mun. de Cultura, 2022 / Acervo Londrina Histórica.

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