A história de Soiti Taruma é um capítulo singular nos primórdios de Londrina. Imigrante japonês que chegou ao Brasil em 1918, ele iniciou sua jornada trabalhando nas lavouras de café no Estado de São Paulo. Com determinação e espírito empreendedor, Taruma acumulou economias e, pouco tempo depois, adquiriu 20 alqueires de terra no município de João Ramalho, no interior paulista. Ali, consolidou-se como comerciante bem-sucedido antes de expandir seus negócios para o Paraná.

Entre 1933 e 1935, Soiti Taruma chegou a Londrina, uma cidade ainda nascente, marcada pela promessa da terra roxa. Sua visão empreendedora rapidamente o destacou como um dos pioneiros mais influentes da região. Em 1937, ele inaugurou a Machina Taruma, uma unidade de beneficiamento de algodão localizada na Rua Rio Grande do Norte, próxima à atual Avenida Leste-Oeste. Esse estabelecimento, moderno para a época, possuía até mesmo um gerador próprio para garantir o funcionamento de suas máquinas.

Além do algodão, Taruma diversificou suas atividades, instalando equipamentos de beneficiamento de café e arroz. Sempre em busca de expandir fronteiras, o empreendedor adquiriu duas fazendas na região, onde cultivou cerca de 200 mil pés de café, contribuindo significativamente para a economia local.

Mais do que um empresário, Soiti Taruma tornou-se uma figura de liderança dentro da colônia japonesa em Londrina. Sua influência era tamanha que ele teve a honra de receber o deputado federal Yukishigue Tamura em visita à cidade, um marco para a comunidade nipônica.

O município de Londrina homenageou Soiti Taruma dando seu nome a uma avenida no jardim Columbia. 

Fontes: Boni, Paulo César; Unfried, Rosana Reineri. Memórias Fotográficas. Londrina: Eduel, 2012. / Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.