1947
Casuhê Yassuda Udihara não se limitou à criação do Instituto Londrinense de Educação para Crianças Excepcionais (ILECE). Em 1964, aproveitando a “Semana da Criança Excepcional”, ela foi fundamental na fundação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Londrina. Essa iniciativa ampliou o espectro de atendimento às crianças com deficiência e também envolveu a comunidade, educadores e pais na busca por uma sociedade mais inclusiva.
Um dos momentos mais emblemáticos do empenho de Casuhê foi sua interação com o governador Ney Braga e com o prefeito Osken de Novaes, quando solicitou o reconhecimento e a remuneração do Estado para as professoras do Instituto, um pedido que evidencia sua percepção da importância da sustentabilidade e do apoio institucional para a continuidade dos projetos educacionais especiais. Essa ocasião é considerada catalisadora de mudanças nas políticas públicas de educação especial e inclusão social, fortalecendo a rede de apoio às pessoas com deficiência.
As instituições que ela ajudou a fundar, o ILECE e a APAE de Londrina, tornaram-se referências no atendimento e na educação especializada, refletindo o impacto de sua visão e trabalho.
Casuhê Udihara é reconhecida como uma pessoa que instigou na sociedade londrinense uma mudança de paradigma, promovendo a inclusão e o reconhecimento de crianças com deficiências como membros valiosos da sociedade. Seu legado é uma lição de humanidade, perseverança e amor, valores que transformaram vidas e continuam a inspirar novas gerações de educadores e ativistas sociais.
Além de seu impacto institucional e social, Casuhê Yassuda Udihara deixou um legado pessoal como mãe de quatro filhos, educadora e líder comunitária, cuja vida foi pautada pela empatia, resiliência e um compromisso inabalável com o bem-estar dos outros. Seu falecimento ocorreu em março de 2005, em Londrina, quando ela tinha 88 anos.
Fontes: “História falada, história escrita : catálogo”. Museu Histórico de Londrina, Universidade Estadual de Londrina; projeto "Conservação e preservação de depoimentos gravados em fitas cassete e VHS" [por] Francisco Senra Neto, coordenação de Edméia Aparecida Ribeiro e Rosangela Ricieri Haddad. – Londrina: Museu Histórico de Londrina, 2020. / Acervo Londrina Histórica.
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