A última jornada de Carlos Stenders

1934


A narrativa da vida de Carlos Ricardo Stenders e sua contribuição para a cidade de Londrina é rica em detalhes e transformações. Após décadas de dedicação à arte da fotografia, o capítulo final de sua jornada começa em 1952, quando decide vender o Foto Estrela e mudar-se com a esposa e os filhos para Embu das Artes, São Paulo. Essa mudança não significava o fim de sua carreira artística, mas sim o início de uma nova fase, agora focada na pintura e na arte plástica.

Embu das Artes, conhecida por sua vocação cultural e artística, ofereceu o ambiente perfeito para Stenders explorar novas formas de expressão. Longe do calor e da terra vermelha de Londrina, em Embu Carlos encontrou uma comunidade vibrante de artistas e artesãos. Continuou trabalhando com fotografia e também se aventurou no mundo da pintura, dedicando-se com o mesmo zelo e paixão que caracterizaram sua carreira como fotógrafo.

Sua atuação como artista plástico em Embu das Artes foi marcante. Stenders não só produziu obras que refletiam sua visão de mundo, como também se envolveu ativamente na consolidação da Associação dos Artistas Plásticos de Embu-SP. Sua contribuição para o cenário artístico local foi reconhecida em 1967, quando recebeu Menção Honrosa na 4ª edição do Salão de Artes Plásticas de Embu das Artes, um testemunho de seu talento e de sua importância para a comunidade.

Ao se aposentar, Stenders não se afastou da arte. Pelo contrário, sua aposentadoria marcou um período de intensa produção e engajamento cultural. Ele se tornou uma figura inspiradora em Embu, demonstrando que a arte pode ser uma forma de conexão, transformação e expressão pessoal em qualquer fase da vida.

Carlos Ricardo Stenders faleceu em outubro de 1993, aos 93 anos, deixando um legado de inovação e criatividade que transcendeu as fronteiras de sua profissão. Sua trajetória, desde os primeiros passos como fotógrafo em Blumenau até os últimos anos como artista plástico em Embu das Artes, é um reflexo de sua capacidade de reinventar-se e adaptar-se, sempre buscando novas formas de expressar sua arte.

O legado de Stenders permanece vivo através de suas obras e daqueles que foram tocados por seu trabalho e sua paixão. Quase a totalidade do acervo fotográfico foi doada ao Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss, ainda na década de 1970, preservando um registro inestimável da história cultural do Brasil. Através destas imagens e das memórias daqueles que o conheceram, a história de Carlos Stenders continua a inspirar novas gerações de artistas e fotógrafos.

Carlos Stenders nos lembra da importância de perseguir nossas paixões, de nos adaptarmos às mudanças e de deixarmos um legado que inspire outros a explorar e a valorizar a beleza do mundo ao nosso redor.

Fontes: Choma, Daniel; Costa, Tati; VIEIRA, Edson Luiz (orgs.) Revelações da História: o acervo do Foto Estrela. 2ªed. Londrina: Câmara Clara, 2012. / Acervo do Museu Histórico de Londrina Padre Carlos Weiss / Acervo Londrina Histórica.



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