1941
Nome de uma das ruas mais tradicionais de Londrina, você sabe quem foi o prefeito Hugo Cabral? Cearense de Quixadá, Hugo Cabral formou-se em agronomia na Suíça. Na volta ao Brasil, foi morar na capital federal, onde obteve o diploma na Escola de Comércio do Rio de Janeiro. Deixou a capital carioca em 1935 e rumou para a região de Londrina para formar a Fazenda Remancinho, com 500 alqueires. Plantou café e criou gado e suínos. Foi ele o introdutor dos primeiros zebuínos na região. Instalou-se, de fato, em Londrina no ano de 1941.
Em 1946, foi um dos fundadores da Associação Rural de Londrina (atual Sociedade Rural do Paraná), com 36 sócios, sendo eleito na assembleia inaugural o primeiro presidente da entidade. E com a redemocratização pós-ditadura Vargas, incentivado por amigos, disputou o pleito municipal e, entre cinco candidatos, foi eleito. Sua gestão se deu entre 1947 a 1951. Sua imagem para a história mostra um homem com a qualidade de grande orador e intelectual, destacando-se como político e administrador.
Em seu governo, melhorou radicalmente as vias do município, abrindo diversas estradas rurais, construiu 15 escolas municipais e iniciou o plantio de árvores nas ruas. O progresso de Londrina durante a gestão de Hugo Cabral também pode ser demonstrado por algumas obras: as construções da Antiga Casa da Criança (prédio que hoje abriga a Secretaria de Cultura, em frente à Concha Acústica) e da antiga Rodoviária (hoje, o Museu de Arte). Os projetos arquitetônicos foram encomendados pelo prefeito ao arquiteto Vila Nova Artigas, um dos mais conceituados da época. Também foi de Hugo Cabral a iniciativa de contratar o urbanista Prestes Maia, ex-prefeito de São Paulo, para elaborar um plano urbanístico para Londrina. Assim, em 1951 foi promulgada a lei municipal nº 133, criando o primeiro marco legal de zoneamento urbano da cidade.
Hugo Cabral estabeleceu um paradigma de eficiência na gestão municipal. Um de seus legados foi ter planejado para que determinados atos da administração tivessem continuidade, estabelecendo uma base institucional aos seus sucessores. Ainda, criou diversos instrumentos, destacando-se entre os quais a lei que permitiria a emissão de apólices do Município, até o limite de 60 milhões de cruzeiros, viabilizando dessa forma o financiamento do sistema de água e esgoto.
Além de prefeito, Cabral foi vereador, deputado federal e secretário de Estado. Para chegar à Câmara Municipal, recebeu 1.416 votos, numa época que a cidade tinha cerca de 10 mil eleitores. Em 1951, foi convidado pelo governador Bento Munhoz da Rocha Neto para assumir a Secretaria de Viação e Obras Públicas, onde permaneceu até 1954. No período de 1954 a 1959, foi representante dos cafeicultores paranaenses na junta administrativa do Instituto Brasileiro do Café (IBC). Em 1954, elegeu-se deputado federal. Na Câmara dos Deputados, exerceu mandato entre 1955 e 1959.
Hugo Cabral foi casado com Alexandrina Frank Cabral, com quem teve três filhos: Sandra, Hugo Filho e Fernando. Ele sofria com a pressão alta e a diabetes. Faleceu em decorrência de um derrame, no dia 2 de setembro de 1962, aos 73 anos.
Após sua partida, o ex-prefeito emprestou seu nome àquela que é hoje uma das principais vias do centro de Londrina: a rua Prefeito Hugo Cabral. A homenagem foi formalizada por meio da lei municipal nº 754, de 27 de setembro de 1962. Até então, essa via tinha o nome de rua Ceará, idealizada já na primeira planta da cidade, desenhada pelos ingleses em 1932, e como o prefeito era natural desse Estado, para homenageá-lo, a via foi rebatizada com seu nome.
Atualmente, existe uma rua Ceará em Londrina, e esta fica no Jardim Castelo (Zona Leste).
Fontes: site da Câmara dos Deputados / site da Prefeitura Municipal de Londrina / Acervo Londrina Histórica.
1945
Um prédio repleto de história se destaca na rua Riachuelo, número 89. O Colégio Estadual José de Anchieta, com suas raízes na história educacional da cidade, reflete as transformações do ensino público no Brasil. A história do colégio começou na década de 1940, durante o governo de Moyses Lupion, marcado por um fo[...] Leia mais
1977
No coração de Londrina, encontra-se um emblema de modernidade e tradição: o Calçadão. Situado na avenida Paraná, entre as ruas Prefeito Hugo Cabral e Minas Gerais, o Calçadão de Londrina se destaca como o epicentro financeiro e comercial da cidade. Foi implantado em 1977 e originou-se da reurbanização das praças Willie[...] Leia mais
1955
A Casa da Criança é um prédio histórico que marca a presença do Movimento Moderno na arquitetura da cidade. A obra de aproximadamente 1.200 metros quadrados, com três pavimentos e diversos ambientes, foi construída entre 1950 e 1953 e inaugurada em 1955 para ser a primeira creche pública do município. Idealizado pelo p[...] Leia mais
1933
A foto é o registro de uma das primeiras escolas japonesas de Londrina, em dia de festa comemorativa do aniversário do Imperador do Japão. Londrina floresceu em meio às raízes de diversas culturas que em suas histórias revelam a força do compromisso com a educação e a resiliência de suas comunidades. Foram nos pri[...] Leia mais
1932
Era o ano de 1932, entre maio e agosto, quando Londrina testemunhou a inauguração de seu primeiro hotel comercial: o Hotel Luxemburgo. Erguido para suprir a demanda de um espaço mais confortável e espaçoso, o hotel abriu suas portas para os visitantes e compradores de lotes que desembarcavam na promissora cidade.O empr[...] Leia mais
1959
O jovem português Manuel Alho da Silva, ainda em Ourém, cidade próxima a Fátima, soube por meio do jornal da efervescência cafeeira e da prosperidade que essa cultura gerava para o Norte do Paraná. O espírito empreendedor e o entusiasmo para conhecer um mundo novo o trouxeram para estas terras. Desembarcou no Brasil em[...] Leia mais
1946
Na defesa do agronegócio brasileiro, a Sociedade Rural do Paraná nasceu forte para atender aspectos institucionais e políticos. Essa força, muitas vezes, foi demonstrada pelos cargos que seus presidentes ocuparam. O primeiro presidente da entidade foi Hugo Cabral (1946-1948), que elegeu-se vereador, foi secretário de V[...] Leia mais
1946
A Sociedade Rural do Paraná é reconhecida como uma das mais importantes entidades de classe do país. Sua história se funde com a história de Londrina. O município tinha pouco mais de uma década, sua população era estimada entre 60 e 70 mil habitantes, sendo aproximadamente 25 mil residentes na cidade e calculava-se hav[...] Leia mais
1951
Conta o historiador e escritor Alberto Zortéa que Londrina ainda estava em sua segunda década de existência quando, preocupado com o risco de caos urbano por falta de zoneamento, o então prefeito Hugo Cabral convidou Francisco Prestes Maia para elaborar um plano urbanístico para a cidade. Maia era urbanista de sucesso,[...] Leia mais
1936
Willie Davids, nascido em 28 de novembro de 1883, em Campinas, foi um notável engenheiro e político brasileiro. Filho de Richard Gore Brabazon Davids, um engenheiro galês estabelecido no Brasil, e de Angelina Fonseca Davids. Willie casou-se com Carlota de Mello Peixoto e teve dois filhos, Willie e Nellie.Diplomou-se em[...] Leia mais
1934
Os anos 1940 continuaram intensos para João Alfredo de Menezes. A destacada participação empresarial e social levou-o, em 1945, a ser eleito presidente da Associação Comercial de Londrina (ACL), atual ACIL. A natureza da função somada à dedicação de Menezes ao desenvolvimento de Londrina refletiram o seu envolvimento em causas sociais e infraestruturais. Dois desses casos, pelo menos, viraram polêmicas que extrapolaram os limites da associação e da própria cidade. No primeiro, encabeçou a l[...]
Leia Mais1942
Luiz Bon nasceu em Jaú, no interior der São Paulo, em 18 de março de 1895. Filho dos imigrantes italianos Antonio Bom e Favarina Veronica, em 1942, veio para Londrina e fixou residência em um sítio, na Água do Cafezal, onde permaneceu por oito anos. Participou ativamente da vida política da cidade e fez campanha para eleição do prefeito Hugo Cabral. Como um empreendedor visionário, em sua propriedade, na Água da Esperança, iniciou a exploração de pedreira para confecção de paralelepípedos. [...]
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