Adolfo Barbosa Góis foi mais que médico e jornalista. Trabalhou pela justiça e pela saúde não apenas dos corpos, mas também das almas de uma comunidade unida pelo tempo e pela coragem. Um médico da esperança que enfrentou adversidades e desafiou poderes, contribuindo para iluminar o caminho de uma cidade em constante transformação.  

Seu compromisso com a cidade floresceu na fundação da Santa Casa de Londrina, tornando-se seu primeiro diretor clínico. Prestou seus serviços médicos nesse hospital até sua aposentadoria por grave enfermidade. Mais um exemplo de sua liderança e inspiração para futuras gerações, foi sua participação ativa na fundação da Associação Médica de Londrina, sendo também o seu primeiro presidente (1941/1942), lugar que voltou a ocupar em 1965.  

Adolfo Góis foi buscar novos conhecimentos. Fez especialização em Cardiologia, em São Paulo, no ano de 1954. Tornou-se o pioneiro nesta especialidade em Londrina. Com sua visão de vanguarda, inovou, abrindo caminhos e criando oportunidades. Junto a seu filho, ele ergueu o Instituto de Cardiologia, uma fonte de conhecimento que serviu as mentes e às mãos dos jovens médicos, fazendo-os crescer e se destacar como profissionais competentes e compassivos.

Ao lado de outros notáveis cidadãos, ele também ajudou a fundar o Centro Norte Paranaense de Pesquisas Médicas, posteriormente transformado no Instituto do Câncer de Londrina. Cada empreendimento foi mais que um edifício, foi uma parte do legado que Adolfo construiu para sua cidade. 

Ainda nos anos 1950, acompanhado de um grupo de médicos liderado pelo cirurgião Jonas de Faria Castro, Adolfo adquiriu o Hospital e Maternidade Rocha Loures. A estrutura e o ambiente foram renovados, passando o local a ser chamado de Casa de Saúde São Leopoldo. Vendido nos anos 1980 para o Conselho Londrinense de Assistência à Mulher – CLAM, ali foi instalado o Hospital da Mulher.

No ano de 1970, apoiado por profissionais de diversas especialidades, Adolfo Góis ergueu o Instituto de Ginecologia e Obstetrícia de Londrina, criando a oferta de mais um serviço de saúde especializado na cidade. Futuramente, foi comprado pela Irmandade Santa Casa de Londrina (Iscal), passando a denominar-se Hospital Mater Dei.

Fontes: Conselho Regional de Medicina do Paraná – CRM/PR / Acervo Londrina Histórica.