1940
Nascido em 1902, em Botucatu, interior de São Paulo, o reverendo Jonas Dias Martins é reconhecido como um dos primeiros e mais proeminentes líderes evangélicos no Norte do Paraná. Em suas missões para a Igreja Presbiteriana Independente, chegou a Londrina pela primeira vez, montado em um cavalo, entre os anos de 1932 e 1933, quando a cidade ainda não possuía status de município.
Com a colaboração de outros membros, ergueu o primeiro templo evangélico local, em 1937, estabelecendo-se definitivamente em Londrina na primeira metade da década de 1940. Foi o primeiro pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Indepedente, fundada em 1938, permanecendo à frente dessa igreja por cerca de quatro décadas.
Ganhou notoriedade como o "apóstolo pé vermelho" devido ao seu trabalho pioneiro de evangelização na região, fundando igrejas e congregações. Além da dimensão espiritual, preocupava-se com o bem-estar dos fiéis e da comunidade em geral. Sempre aberto ao diálogo, dedicava especial atenção aos jovens de diversas orientações políticas e religiosas, promovendo a tolerância e coexistência pacífica.
O reverendo também se tornou um ícone de resistência étnico-racial. Em um episódio marcante, enfrentou pacificamente, mas com voz firme, o padre alemão que tentou silenciá-lo durante uma pregação em praça pública na cidade de Mandaguari. Reafirmou o direito à liberdade, permanecendo firme no local, mesmo quando menosprezado por sua cor, demonstrando coragem e resiliência como forma de resistência religiosa e étnico-racial. O reverendo era uma autoridade religiosa negra que se recusava a ser menosprezado por sua cor.
Com atuação relevante na sociedade, participou da fundação da Sociedade Evangélica, participou ativamente da fundação da Sociedade Evangélica, responsável pela criação de instituições de ensino e saúde na cidade, como o Hospital Evangélico, o Colégio Londrinense e o Centro de Estudos Superiores de Londrina (Cesulon), atualmente denominado Centro Universitário Filadélfia (Unifil).
Martins faleceu em Londrina, no ano de 1986. Sua trajetória é relembrada nas homenagens realizadas nos cultos da Igreja Presbiteriana Independente, onde sua vida é descrita como um exemplo de fé, cristianismo e inspiração para as gerações futuras.
O município prestou diversas homenagens ao reverendo. Recebeu o título de Cidadão Honorário da Câmara de Vereadores. Em sua memória, denomina-se o Anfiteatro do Zerão e o Grupo Escolar Presbiteriano, instituição que fundou.
Fontes: A Londrina (também) dos Negros: As Trajetórias de Ezídio Alfaiate e do Reverendo Jonas, por Mrcos Alberto da Silva Melo, Departamento de Letras e Ciências Humanas, da Universidade Estadual de Londrina, 2010. / Acervo Folha de Londrina / Acervo Londrina Histórica.
1950
Londrina é reconhecida como uma das cidades mais verdes do interior do Brasil. E entre os espaços de lazer ao ar livre mais frequentados e democráticos da cidade está a Área de Lazer Luigi Borghesi. O local ficou conhecido como “Zerão”, por causa de seu formato. Localizado em um fundo de vale, é entrecortado pelo Córre[...] Leia mais
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