1929
Alexandre Razgulaeff nasceu em 6 de novembro de 1894, em “Krotoma” (provavelmente, o nome correto seja Kostroma, cidade localizada a cerca de 340 km de Moscou), em território da Rússia. A União Soviética foi estabelecida em 30 de dezembro de 1922, após a unificação das repúblicas socialistas soviéticas da Rússia, Ucrânia, Bielo-Rússia e Transcaucásia.
Em 1914, formou-se engenheiro agrimensor geodesista no Instituto Geodésia Constantino (embora tenha sido encontrada essa referência em textos sobre o pioneiro nas fontes pesquisadas, o Londrina Histórica não encontrou, na Rússia, escola de geodésia com tal nome, em qualquer período. É possível então que essa formação tenha acontecido na Escola de Geodésia de Moscou, fundada em 1779 como "Escola de Matemática e Navegação de Moscou", e que posteriormente foi renomeada várias vezes. Em 1921, após a Revolução Russa, a escola foi renomeada como "Instituto de Geodésia e Cartografia de Moscou", e, em 2010, foi fundido com outras instituições para formar a "Universidade Estatal de Moscou de Geodésia e Cartografia" (Moscow State University of Geodesy and Cartography, em inglês).
A escola oferecia programas de graduação em engenharia de agrimensura e geodésia, que incluíam cursos em matemática, física, cartografia, topografia, geodésia, astronomia e outras disciplinas relacionadas. Os graduados estavam preparados para trabalhar como engenheiros agrimensores em vários setores, incluindo construção, planejamento urbano, agricultura, mineração e exploração de recursos naturais.
Alexander Razgulaeff viajou para o Brasil, chegando em 21 de junho de 1914. Trabalhou como agrimensor na Companhia Marcondes e Brazil Plantations, onde conheceu Arthur Thomas e João Sampaio. Em 1925, veio o convite, imediatamente aceito, para trabalhar na Companhia de Terras Norte do Paraná, como engenheiro e chefe da formação de todas as cidades que seriam criadas pelo Norte do Paraná.
Naquele tempo, era a estrada de ferro quem ditava a localização das estações e das futuras cidades. Razgulaeff chegou em Cambará, juntamente com o início da estrada de ferro, e ali começou os estudos topográficos da região, com a colaboração de alguns companheiros. Mais tarde, foi o responsável por fincar o primeiro marco nas terras onde surgiria Londrina. Ele fez parte da primeira expedição da Companhia de Terras Norte do Paraná que chegou ao local denominado Patrimônio Três Bocas, em 21 de agosto de 1929 - instituindo assim o marco zero da futura Capital do Café.
Projetou a malha urbana de Londrina. Sempre fez críticas ao projeto que foi levado a cabo. Pois, apresentou uma primeira planta ao General Asquith, tesoureiro dos empreendimentos de Lord Lovat, que não foi aceita pelos ingleses. No plano de Razgulaeff, as avenidas da cidade deveriam ter 30 metros de largura e as ruas 24 metros. Mas a ordem foi reduzir as dimensões das ruas e avenidas, por causa dos custos e porque, naquele momento, a previsão era para um número estimado de 30.000 habitantes; a cidade deveria servir de apoio para as outras cidades da região e nos seus arredores deveriam existir pequenas propriedades rurais para prover a cidade.
A planta reduzida foi elaborada em 1932 e se tornou o ponto de partida do planejamento urbano de Londrina. Segundo a pesquisadora Denise de Cássia Rossetto Januzzi, o engenheiro Alexandre Razgulaeff criou uma malha ortogonal em forma de xadrez, de aproximadamente quatro quilômetros quadrados, com as ruas dispostas nos sentidos norte-sul e leste-oeste.
Razgulaeff faleceu em 31 de janeiro de 1978.
Fontes: Boletim 01, Museu Histórico de Londrina Pe. Carlos Weiss / Razgulaeff, Alexandre. Depoimento. Londrina, 1972. Entrevista concedida a Antonio Vilela Magalhães e Profa Maria Dulce Alho Gotti. Transcrição de Luciana Fidêncio. Fita cassete original pertence ao Centro de Documentação e Pesquisa Histórica – CLCH – UEL, com cópia para o Museu Histórico de Londrina. / Acervo Londrina Histórica.
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1929
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